O trabalho da perícia criminal foi destaque de uma reportagem exibida no domingo no Fantástico sobre o caso da “Menina sem nome”. Cinquenta e três anos depois do assassinato da criança, documentos inéditos esclarecem o que de fato aconteceu. É um relatório de 23 de junho de 1970 da equipe que foi à Praia do Pina fazer a análise da cena do crime e coletar vestígios que levassem ao assassino. O documento foi assinado pela perita criminal aposentada Maria Teresa Moreira de Paiva. “Tinha uma corda com três voltas no pescoço. Ela estava amarrada com as mãos para trás”, afirmou.
A equipe coletou sandálias de borracha – que não formavam pares, um lenço, um cinto, uma camisa rasgada. No Instituto de Medicina Legal, os legistas identificaram uma menina negra, de oito anos de idade, cabelos alisados e biquíni azul claro. Não encontraram arma nenhuma, mas ferimentos, sim.
A causa da morte foi asfixia e aspiração de grãos de areia da praia. Os exames também atestaram que não houve violação sexual. E até hoje a identidade da menina é desconhecida e devotos vão até o seu túmulo por considerar que a “Menina sem nome” é realizadora de milagres. No entanto, para a Igreja Católica, um candidato a santo teria que ter um nome.
O perito criminal Jeyzon Valeriano, que atua em genética forense no Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC) da Polícia Científica de Pernambuco afirmou que se houvesse uma exumação dos restos mortais da menina seria possível identificá-la. Mas seria preciso confrontar esse perfil com o de um parente direto. Confira um trecho da reportagem veiculada pela TV Globo e que reforça a importância do trabalho da perícia criminal!
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